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Colômbia recua e fecha acordo com os EUA; Trump mantém parte das sanções.

  • Foto do escritor: Emanuel Guedes
    Emanuel Guedes
  • 27 de jan.
  • 3 min de leitura

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, desistiu de reagir à ameaça de taxação dos EUA anunciou na noite deste domingo (26) que aceitou todos os termos propostos por Donald Trump em relação aos estrangeiros colombianos ilegais.


O que aconteceu

Petro concorda com repatriação de todos os colombianos ilegais nos EUA. No acordo fechado entre os dois países está a clausura de "aceitação irrestrita de todos os estrangeiros ilegais da Colômbia que retornarem dos Estados Unidos, inclusive em aeronaves militares dos EUA, sem limitação ou atraso", de acordo com o comunicado da Casa Branca.


Retaliação dos EUA sobre os vistos continua. As sanções de visto e as inspeções reforçadas da alfândega e proteção de fronteiras permanecerão em vigor até que o primeiro carregamento de aviões de deportados colombianos seja devolvido com sucesso, de acordo com o anuncio da pela porta-voz de Washington, D.C, Karoline Leavitt.


Taxação dos EUA será adotada caso o governo colombiano não cumpra o acordo. As tarifas e sanções não serão assinadas, a menos que a Colômbia não honre esse acordo. Petro também recuou de taxar produtos dos EUA.


Autoridades vão para os EUA se reunir com o governo Trump. Chanceler e embaixador colombianos irão para Washington para dialogar sobre os acordos firmados entre os dois governos.


Colômbia se prepara para receber 160 deportados. Segundo o chanceler de Petro, "continuaremos recebendo os colombianos que retornam como deportados, garantindo-lhes condições dignas, como cidadãos sujeitos de direitos". O avião oficial está "pronto para facilitar o retorno dos que chegariam ao país.


Colômbia reafirma compromisso com diálogo. "Serão mantidos os canais diplomáticos de diálogo para garantir os direitos, o interesse nacional e a dignidade dos nossos cidadãos", diz a nota emitida pelo governo Petro.


Petro compartilha comunicado dos EUA e apaga. O presidente da Colômbia replicou no X (antigo Twitter) a declaração da Casa Branca sobre o acordo entre os dois países feita pela porta-voz de Washington, D.C, Karoline Leavitt, entretanto, apagou após alguns minutos.


Entenda


O governo Trump subiu o tom contra colombianos quando Petro reagiu às deportações. Trump ameaçou suspender a emissão de vistos para colombianos, revogar vistos de funcionários colombianos e vetar a entrada de membros do partido no poder em Bogotá nos EUA, as ações mais duras já tomadas desde o início de seu governo.


Trump chama imigrantes de criminosos. Ele disse que as sanções seriam o "começo" de mais medidas. "Não permitiremos que o governo colombiano viole suas obrigações legais em relação à aceitação e devolução de criminosos" que entraram nos EUA, disse o presidente.


Trump então disse que taxaria os produtos colombianos nos EUA em 25%. Caso Petro seguisse com a decisão, os impostos subiriam para 50%.


Em resposta, o presidente colombiano anunciou que taxaria todos os produtos dos EUA que entrassem no país. Se Trump impõe tarifa de 50% sobre "o fruto do nosso trabalho humano", "eu faço o mesmo. Que nosso povo plante o milho que foi descoberto na Colômbia e alimente o mundo", escreveu o presidente no X. Ele também alertou que existem 15,6 mil americanos estabelecidos na Colômbia de forma irregular e que precisarão se apresentar aos serviços de imigração.


"Resisto a você", escreveu Petro. Afirmando ser teimoso, ele disse que os bloqueios não o assustam, porque "a Colômbia, além de ser o país da beleza, é o coração do mundo". "A Colômbia está aberta ao mundo todo a partir de hoje, de braços abertos, somos construtores de liberdade, vida e humanidade."


A ação ocorre num momento em que o governo do México vetou um voo e o Brasil denunciou violações por parte dos americanos. As medidas de Trump deixaram diplomatas em toda a região chocados com o comportamento do presidente americano e estão sendo vistas como um alerta ao Brasil e outros países da região.


A deportação em massa era uma das principais bandeiras da campanha de Trump. Em sua primeira semana, ele anunciou o envio de mais de 500 estrangeiros aos seus países de origem, além do destacamento de tropas para as fronteiras.

 
 
 

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